Luís Vaz de Camões (1524 ?
-1580) é, sem dúvida, a maior figura do período clássico. Ele teve uma vida
bastante conturbada. Combateu como soldado na África, onde perdeu o olho
direito. Retornou então a Portugal e, após envolver-se numa disputa, foi preso,
só conseguindo perdão ao concordar em ir para a índia, novamente como soldado.
Esteve em Goa, seguindo depois para Macau - aí exercendo a função de
provedor dos defuntos e ausentes. Voltando a Goa, seu navio naufraga, mas ele consegue salvar-se. Ao finalmente regressar a Portugal, publica, em 1572, “Os Lusíadas”. Alguns anos depois, morreu na miséria.
provedor dos defuntos e ausentes. Voltando a Goa, seu navio naufraga, mas ele consegue salvar-se. Ao finalmente regressar a Portugal, publica, em 1572, “Os Lusíadas”. Alguns anos depois, morreu na miséria.
Talvez vocês conheçam o poeta
apenas pelos versos da música cujo vídeo coloco abaixo:
“O amor é o fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.”
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.”
Os versos acima bem como outros
da música foram originalmente escritos por Camões num poema chamado “Soneto”,
porém acredito que muitos cantam a canção Monte Castelo e nem sabem disso.
Camões foi poeta lírico, dramático
e épico. Como poeta lírico, escreveu cerca de 300 sonetos de notável valor
artístico - todos humanos, profundos, elegantes. Como dramático, produziu três
autos: Anfitriões, Seleuco, Filodemo. Como épico, Camões escreveu a obra-prima
da Língua Portuguesa: Os Lusíadas, também considerada uma das obras mais
proeminentes da literatura universal.
2 comentários:
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Adorei o poema!
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